Projeto brasileiro voltado à sustentabilidade no setor pesqueiro ficou entre os destaques do Babson Global Student Challenge, que envolveu mais de 850 iniciativas de 21 países.

Estudantes da Link School of Business. Foto: Divulgação

Seis estudantes da Link School conquistaram o segundo lugar no Babson Collaborative Global Student Challenge 2025, uma competição anual mundial organizada pela Babson Collaborative — rede global de instituições que colocam o empreendedorismo no centro de seu ensino, seguindo a filosofia da Babson College. Eles representaram o Brasil com a startup Enerma, voltada a soluções energéticas para o setor pesqueiro, e disputaram contra 852 projetos de 21 países

O desafio global é promovido pela Babson College, considerada a principal faculdade de empreendedorismo do mundo, sediada em Boston (EUA). A proposta da competição é reunir estudantes de diferentes instituições internacionais para criar projetos com viabilidade real e impacto social, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Representando a Link, o grupo brasileiro formado por Melk Weyk Rocha, Mateus Preis, Fabrício Pereira, Diogo Moraes, Bruno Jung e João Nogaroli, todos entre o 3º e o 4º semestre do curso de Administração, se destacou com a criação da Enerma, uma empresa especializada em eficiência energética para embarcações pesqueiras.

A principal solução apresentada pela startup é a UGE (Unidade Geradora de Energia), um sistema híbrido embarcado e off-grid, que combina energia solar, baterias e inversores inteligentes para reduzir em pelo menos 20% o consumo de combustível nas embarcações pesqueiras. O projeto já foi testado em alto-mar com duas embarcações e comprovou redução significativa nos custos operacionais.

“A pesca é um setor essencial para a economia de muitas regiões, mas ainda marcado por desperdícios e práticas pouco sustentáveis. Nossa missão é transformar essa realidade com tecnologia acessível e pensada para quem vive do mar”, explica Melk Weyk, fundador da Enerma.

Além da Enerma, outras iniciativas premiadas no desafio incluíram projetos do Chile, Argentina, Tailândia e Espanha. O primeiro lugar ficou com a equipe chilena Serenna, que desenvolveu um dispositivo médico não invasivo para tratamento de dores pélvicas crônicas em mulheres.

A conquista brasileira reforça o protagonismo crescente de jovens empreendedores nacionais em ambientes de inovação internacional. Para os estudantes da Link, o reconhecimento global é também um indicativo de que o caminho da aprendizagem prática e da conexão com o mercado faz toda a diferença.

“Competir com universidades do mundo inteiro e chegar ao pódio mostra que a educação empreendedora do Brasil pode ser referência internacional. Estamos só no começo”, completa Mateus Preis, um dos integrantes do grupo.

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